Duas Loucas de Vestido Vermelho e Óculos-escuro

Porto Alegre, 23 de dezembro de 2006.

Duas Loucas de vestido vermelho e óculos-escuro foram vistas passeando no Parcão, numa tarde quente na capital gaúcha. Quem passeou pelo parque no último sábado deve ter achado estranho a presença destas duas mulheres, que pareciam ter saído de um filme do Almodóvar.

- Elas fumavam um cigarrinho esquisito! – testemunhou uma senhora que preferiu não se identificar.
- Percebi que uma delas carregava um vaso de azaléia em uma sacola de plástico! – informou uma jovem testemunha anônima.

- Elas pareciam estar ali e, ao mesmo tempo, não estar... entende? - relatou um desportista.
- Achei estranho elas rirem tanto e olharem para as árvores. – informou uma criança de sete anos que, após ser instruída pelos seus pais, preferiu manter o anonimato.

Segundo outras testemunhas, que presenciaram o encontro destas divas-almodovarianas, elas chegaram ao parque em pontos diferentes. Após andarem de um lado para o outro, encontraram-se em frente ao estacionamento da mostardeiros. Ficaram sentadas ali por alguns minutos enquanto uma delas mexia constantemente em algo dentro de sua bolsa. Disfarçadamente, elas trocaram de lugar e sentaram-se em outro banco, que fica em um caminho pouco utilizado do parque.

Ali permaneceram por cerca de meia hora. Enquanto passavam pessoas praticando esportes (corrida, bike) elas conversavam, gargalhavam e fumavam seus cigarrinhos esquisitos. Uma delas colocou o celular para despertar. Depois soube-se que o propósito disso era alertá-las quanto à hora de irem embora.

Segundo especialistas, desconfia-se que uma delas seja uma andarilha, porque portava uma mochila de viajem nas costas (além de carregar a azaléia). E a outra deveria ser uma boêmia, porque não portava nada além de uma bolsa, o cigarrinho esquisito e seus óculos-escuros.

Passados os aproximadamente 30 minutos, as loucas de vestido vermelho e óculos-escuros foram vistas atravessando o parque em direção a avenida vinte e quatro de outubro. Durante o trajeto, o celular tardiamente despertou avisando-as do horário. Ficou tocando enquanto elas andavam, sem perceber. Depois de alguns segundos, para a alegria de todos, uma delas desligou o despertador. Ambas aceleraram o passo.

Alguns crêem que elas abandonaram o local onde estavam, antes do previsto, porque suspeitaram da atividade policial (que as investigava a distância). Outros acreditam que elas só podiam estar planejando alguma coisa, mas abortaram a missão devido à presença da polícia. Opiniões a parte, todos concordam que deveria haver uma razão para o encontro ter ocorrido neste parque familiar, bastante conhecido em Porto Alegre.

Ao chegarem à avenida vinte e quatro de outubro, sabe-se que elas se despediram. A andarilha entrou em um táxi, que seguiu reto pela avenida, e a boêmia dirigiu-se a uma parada de ônibus. Passaram-se três minutos, um carro preto com duas pessoas dentro parou e, rapidamente, levaram a boêmia no banco de trás. Não ficou claro se foi um seqüestro ou apenas uma simples carona. De qualquer forma, o esquadrão anti-seqüestro está em sobreaviso. Estipula-se que os familiares ou os amigos da boêmia deverão contatá-los, caso seja caracterizado um seqüestro.

Embora o encontro destas loucas tenha chamado bastante atenção nesta tarde de sábado, não se sabe ainda o motivo de ambas vestirem vestidos vermelhos e usarem óculos-escuro. Contudo, os investigadores não acreditam que seja apenas uma mera coincidência. Suspeita-se que elas pertençam a uma nova gangue de mulheres vestidas de vermelho.

***

Uma breve descrição do meu encontro com a Vivi neste sábado. A Vivi é uma grande amiga minha que tá morando em São Paulo. Nos conhecemos em um curso de cinema em 2004. Logo de cara nos tornamos amigas e, desde então, mantemos contato sempre – apesar da distância. A Vivi veio passar uma semana no Sul para visitar a família e os amigos. Lógico que a gente tinha que se encontrar! Colocar o papo em dia... essas coisas que fazem os grandes amigos.

Mera Coincidência

A agenda dela tava lotada de visitas e eventos, combinamos um encontro em uma brecha. Escolhemos o Parcão, que era um lugar que ficava perto para nós duas. Como a gente não definiu nenhum local exato, nos telefonamos duas vezes até nos encontrarmos. Realmente foi mera coincidência nós duas estarmos usando um vestido vermelho e óculos-escuros. Só por isso a gente deu boas risadas!

Cigarrinho Esquisito

Quando ascendi meu Bali Hai a curiosidade a nosso respeito aumentava a cada pessoa que passava. Parecia que todos ao nosso redor nos observavam (será?). Até dois policiais passaram de longe, em suas motos. Vai ver que pensaram que o meu Bali Hai era outra coisa... Enfim! Creio que essa questão nunca será respondida! O fato é que o nosso reencontro foi muito divertido, mesmo tendo durado tão pouco tempo.

A emoção de carregar uma Azaléia!
A Vivi tinha que pegar um ônibus pra Caxias às 18hs, então coloquei meu celular pra despertar a fim de evitar que perdêssemos a hora em meio à conversa animada (cada louco com suas manias). Acabamos saindo um pouco antes da hora prevista, entretanto, para evitar atrasos. Durante a nossa travessia pelo parque, ajudei a Vivi carregando o vaso da azaléia. Me senti naquelas propagandas de perfume em que as mulheres andam de vestido numa paisagem linda, com o vento contra os cabelos, carregando flores (ou sendo perseguida por elas). Tive o meu momento Alma-de-flores!

Abdução

Depois que deixei a Vivi dentro de um táxi com destino a rodoviária, fiquei na parada de ônibus esperando o T8. Em seguida parou um carro com um casal de amigos (a Fran e o João), muito queridos, que rapidamente me abduziram. Eles me deram uma carona até em casa. Também fazia tempo que não os via... ótima surpresa! Foi outro encontro rápido que rendeu boas risadas!

É muito bom reencontrar amigos. Sempre!
O que seria de nós sem os amigos??

Deixo um Super Beijo a todos os meus amigos!

Vocês são muito importantes na minha vida!!
(violinos)