Essa é uma das coisas que sempre me questiono...
Há cerca de três anos atrás recebi essa mensagem (abaixo) por e-mail e publiquei aqui no blog. Ano passado alguém julgou as imagens muito fortes ou "impróprias", não estou bem certa do termo, e denunciou o post ao Mr. Gúgol que me enviou uma notificação por e-mail e automaticamente alterou o status desse post de "publicado" para "rascunho". Contudo, o tal e-mail deve ter sido abduzido em meio aos inúmeros spams que recebo e só fiquei sabendo disso hoje por acaso...
Então, estou publicado o post novamente com a seguinte mensagem: as imagens são fortes, tristes, chocantes e revoltantes, mas ignorá-las não irá mudar a realidade! O que muda a realidade é a atitude das pessoas, a começar por não ignorar os fatos, principalmente aqueles que nos incomodam e nos revoltam!
Que este post sirva de reflexão...
Espero, sinceramente, que a gente possa deixar um mundo melhor para os nossos filhos! Um mundo mais humano, que trate melhor as suas crianças, o próximo, a natureza e os animais.
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Uma breve jornada, oportunidades, legados que ficarão.
Qual o mundo que deixaremos para trás - para as próximas gerações -, quando partirmos?
Que herança lhe destinaremos?
O futuro dependerá do que agora fizermos. E, certamente, há muito por se fazer.
Cabul, Afeganistão
O futuro dependerá do que agora fizermos. E, certamente, há muito por se fazer.
Cabul, Afeganistão
Três anos depois da queda do regime Talibã, - num país dilacerado pela guerra e onde as oportunidades de trabalho, alimentação e necessidades básicas são escassas -, crianças disputam migalhas de carvão que caem dos sacos transportados por caminhões da Cruz Vermelha, de modo a garantir seu próprio sustento e de suas famílias.
Karkhla, Paquistão
Crianças com idade entre 4 e 6 anos, em sua maior parte provenientes de famílias afegãs refugiadas da guerra civil que acomete seu país natal, trabalham em fábricas de tijolos. O seu desgastante trabalho consiste em virar os tijolos para que sequem mais rapidamente ao sol. O seu peso de criança permite que realizem seu penoso trabalho sem amassar os tijolos em que se apóiam.
Tegucigalpa, Honduras
Abutres e crianças disputam as sobras que encontram num aterro sanitário da capital hondurenha. Juan Flores e outras crianças reviram o lixo a fim de encontrar qualquer coisa que possa ser comido ou vendido.
Siliguri, Índia
Ruksana Khatun, de nove anos de idade, quebra pedras na periferia da cidade. Pequenas mãos calejadas em troca de um salário irrisório. Segundo a Organização Internacional de Trabalho, OIT, mais de 220 milhões de crianças trabalham no mundo, mais da metade delas em funções perigosas e em condições e horários precários, com jornadas de trabalho de até 17 horas.
San Vicente, Colombia - Na entrada de um bordel, adolescente aguarda o próximo cliente.
Dados divulgados pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância, UNICEF, revelam que milhões de crianças são vítimas da exploração sexual em todo o mundo. A cada ano, um milhão e duzentas mil crianças são vítimas de tráfico e venda.
Triste mundo que assim trata as suas crianças.
Mais de 100 mil meninas são vítimas de exploração sexual no Brasil, conforme dados da Organização Internacional do Trabalho, OIT.
O filme “Anjos do Sol” aborda a cruel realidade que cerca o tema. Conforme relatos da equipe de produção, a exploração sexual de crianças e adolescentes no país ocorre em duas frentes: - nas cidades litorâneas, estando ligado ao turismo sexual realizado por estrangeiros; - e nas cidades do interior das regiões Norte e Nordeste, onde a necessidade desesperada de renda criada pela pobreza leva os pais a venderem suas filhas.
O filme expõe algumas das práticas que envolvem a exploração sexual infanto-juvenil, como o leilão de meninas virgens, e os personagens que lucram com esse mercado: aliciadores (que compram as meninas de suas famílias), donos de boates, cafetões, coronéis e políticos.
Dentre as tantas histórias tristes que inspiraram o roteiro do filme está a da pequena menina apelidada de R$ 0,50, por ser este o preço que ela cobrava por programa.
A Organização Mundial da Saúde, OMS, estima existirem 100 milhões de crianças vivendo nas ruas do mundo subdesenvolvido ou em desenvolvimento, das quais 10 milhões no Brasil.
Muitas destas crianças mantêm algum tipo de laço familiar, porém despendem a maior parte do tempo nas ruas, - pedindo esmola, vendendo coisas de pouco valor, engraxando sapatos, lavando vidros de carros -, a fim de complementar o ganho familiar. Não raro, se envolvem em pequenos furtos.
Outras vivem de fato nas ruas, em grupos, dormindo em prédios abandonados, debaixo de pontes e viadutos, e em parques públicos. Nos dois grupos, os meninos são maioria. As meninas têm por destino a prostituição.
Recife, Brasil
A maioria dessas crianças abusa das drogas, que as ajudam a negar, a fugir da realidade, a matar a fome, e a se aquecer.
Talvez seja hora dos políticos e governantes incluírem ‘compaixão social’ nas suas pautas e agendas de trabalho.
Tão perversas quanto persistentes, as desigualdades sociais e a pobreza atingem particularmente a população infanto-juvenil no país.
Estudos têm mostrado que as condições de vida das crianças é mais severa em lugares onde a infra-estrutura escolar é de baixa qualidade.
Faz-se necessário, portanto, criar condições que estimulem um aumento na freqüência escolar, com a consequente ampliação dos seus horizontes e o desenvolvimento das suas potencialidades.
As políticas destinadas a acabar com o trabalho infantil também devem procurar eliminar a necessidade da família pela renda da criança.
Segundo dados do Escritório das Nações Unidas de Combate às Drogas e ao Crime, UNODC, o uso de drogas ilícitas no mundo vem crescendo, apesar dos esforços mundiais de controle. Os EUA permanecem como os principais consumidores de maconha e cocaína no mundo.
Califórnia, Estados Unidos
Não muito distante da Disneylândia, a Terra da Fantasia, crianças, filhos de pais viciados em drogas, catam latas a fim de complementar o orçamento familiar, e ajudam, como podem, nos afazeres domésticos.
O aumento no consumo das drogas sintéticas - como a anfetamina e estimulantes similares ao ecstasy - é considerado preocupante pela facilidade com que elas são produzidas, já que, ao contrário das drogas tradicionais, não são necessárias grandes áreas de plantações, sendo produzidas com produtos químicos facilmente obtidos, em laboratórios muitas vezes improvisados, tornando o combate mais difícil.
Segundo o UNODC, a questão das drogas sintéticas exige uma redefinição das abordagens adotadas, devendo-se mudar o paradigma em torno da questão do combate às drogas, com a prevenção ganhando uma importância muito maior do que a repressão.
Congo, África Central
A avó de Chantis Tuseuo, de nove anos de idade, estende a mão para sua neta, gravemente desnutrida, que aguarda atendimento num posto de saúde nos arredores de Kinshasa.
No mundo, segundo dados do UNICEF, estima-se que 55% das mortes de crianças estão associadas à desnutrição, à fome que debilita lentamente.
A insanidade das guerras…
Irlanda do Norte, décadas de 80 e 90
Chechênia, 1997
Kosovo, 1999
África, desde sempre.
Faixa de Gaza, Palestina, 2004
Iraque, 2005
Israel, 2006
Líbano, 2006
ATÉ QUANDO?
É no coração da noite, que desponta o dia.
Qual o mundo que pretendemos deixar para as futuras gerações?
Um mundo mais justo, certamente...
Qual o mundo que deixaremos para as crianças de hoje, para as que ainda nascerão?
A palavra misericórdia, de origem latina, surge da junção de misereo/miséria, e cor/coração. Ela representa, portanto, um sentimento de empatia, colocar a miséria do próximo no nosso próprio coração.
A misericórdia se refere ao coração que se compadece e age.
"O oposto do amor não é o ódio, mas a indiferença". - Érico Veríssimo
Deus move o céu inteiro naquilo que o ser humano é incapaz de fazer. Mas não move uma palha naquilo que a capacidade humana pode resolver. - antigo ditado oriental